15. PEDIDO DE DESCULPAS
CAPÍTULO QUINZE
❛ pedido de desculpas ❜
Obs: Quando eles falam em itálico, estão se comunicando por meio de linguagem de sinais.
POV PERCY
ESTÁVAMOS SENTADOS OUVINDO a história que a Medusa nos contava, a história dela
— Atena era tudo para mim, eu a adorava, fiz oferendas a ela, obviamente não recebi nenhuma resposta... — ela nos conta enquanto minha irmã deita em meu peito relaxando.
Minha mãe nos contou essa história muitas vezes quando éramos pequenos, embora, por motivos óbvios, tenha omitido alguns detalhes para minha irmã mais nova.
Annabeth continuou a olhar para ela com desconfiança e eu pensei que era normal, era da mãe dela que ela estava falando.
Medusa saiu do local, nos deixando sozinhos ali, Asteria ainda estava em cima de mim até que eu a coloquei no chão e disse a Grover que ele iria cuidar dela para mim.
Aproximei-me do que presumi ser uma cozinha, onde vi Medusa cozinhando de costas.
— Sua irmã é o ser mais puro desse mundo, Percy Jackson. — Medusa falou comigo, notando minha presença.
— Eu sei. — admito, pensando que estava certa demais, minha irmã era o ser mais adorável que este mundo poderia conhecer.
— É por isso... — ela fez uma pausa. — Deixar aqueles deuses cruéis e impiedosos corrompê-la, corromper sua inocência, devo agir o mais rápido possível.
— O que você quer dizer? — perguntei confuso, mas também um pouco preocupado.
— Não posso deixar ela sair daqui... — ela diz e agora estou começando a ficar com medo. — Só há uma maneira dela não ser corrompida pela maldade deste mundo cruel. — medusa me responde e vejo que ele colocou as mãos no chapéu.
Pelos deuses, não é o que eu penso que é.
— Transformando-a em pedra para que ela possa ficar comigo para sempre e eu possa protegê-la daqueles deuses cruéis e horríveis. — ela diz e que está parece mais falando consigo mesma e isso me deixa em alerta.
Eu posso até morrer, mas ela não colocará a mão na minha irmã.
Dou um passo para trás, me afastando e quando chego com os outros, rapidamente pego Asteria nos braços, carregando-a e descemos até o porão onde notamos a grande quantidade de estátuas de pessoas transformadas em pedra que existem.
Conto a Grover e Annabeth o que Medusa me contou e eles parecem preocupados.
— Devemos cuidar dela. — Grover me disse, o que Annabeth e eu concordamos com ele.
— Por que? — Asteria me pergunta quando eu a coloco no chão. — Ela não é má, Percy.
— Asteria, eu quero muito acreditar em você, mas ela quer te machucar. — digo a ela, descendo ao nível dela.
— Tenho certeza que ela disse errado, Percy. — ela tentou, mas eu não ia deixar a Medusa me separar da minha irmã.
— Asteria, Medusa quer nos separar, ela quer tirar você do meu lado. — eu respondo a ela. — Eu te amo mais que tudo e não posso deixar que me tirem de você.
— Mas... — vejo que você está tentando refutar mas não temos tempo.
— Asteria, sempre sou eu quem confia em você, dessa vez preciso que você confie em mim, ok? — ela me olha e olha para baixo com tristeza, balançando a cabeça e dou um beijo em sua testa. — Annabeth. — eu chamo e ela olha para mim. — Observe ela, eu te imploro, e não deixe ela ver isso.
Ela acena com a cabeça e quando ouvimos passos na escada percebemos que Medusa já está lá para vir nos buscar.
Ou melhor, para minha irmã.
Annabeth está atrás de algumas caixas grandes e cobre os olhos de Asteria no momento em que ela fecha os olhos.
— É o melhor parar, Percy Jackson. — Medusa me disse. — Você não é poderoso o suficiente para proteger Asteria... Ela estaria segura aqui.
— Para fazer parte da sua coleção? — perguntei em voz alta. — Não, obrigado, não quero que você transforme minha irmã na joia da sua coleção.
— Você é muito fraco, Percy Jackson. — ela repete para mim novamente. — Você não será capaz de defendê-la sempre, você nem seria capaz de machucar alguém... Asteria merece um irmão melhor que sabe como protegê-la.
Eu não sou capaz de matar? Veremos sobre isso.
Porque neste momento a raiva está me consumindo e sinto uma sensação de ódio irracional por você passando por mim.
Asteria é minha irmã e a pessoa que mais amo nesse mundo, você acha que eu não seria capaz de destruir o mundo por ela?
Eu acreditei em você, minha irmã acreditou e no final você é tão monstro quanto os deuses.
Pego minha caneta transformando-a em espada e também fecho os olhos pronto para cumprir a missão.
No final, graças à ajuda do boné de Annabeth, conseguimos tornar a Medusa em invisível e eu consegui matá-la sem precisar ficar com os olhos fechados.
Você deveria ter pensado duas vezes, Medusa, antes de tentar levar minha irmã.
Porque por causa de Asteria, sou capaz de matar qualquer um que tente machucá-la.
E já foi demonstrado.
No final saí daquela toca com a cabeça que estava com o boné da invisibilidade e quando a fúria me viu tentou me atacar mas fui muito mais rápido tirando o boné e deixando a cabeça da Medusa transformar aquele ser em pedra e depois voltar para colocar a tampa.
Descemos até o porão e decidimos, e... Bem, eu decidi que o melhor era me livrar da cabeça então quando vi um pacote de Hermes Express coloquei a cabeça dentro pronta para mandar para o Olimpo.
Saímos todos daquele lugar num silêncio demasiado desconfortável.
Asteria parecia ainda estar com raiva de mim, o que realmente me entristeceu.
Fomos até a estação de trem onde entrei em uma pequena loja de souvenirs, eu tinha alguns dólares soltos então ia aproveitar que faltava um tempinho para o trem chegar para comprar algo da Asteria e experimentar para fazer com que ela me perdoe.
Depois de procurar e pesquisar, consegui encontrar um pequeno bichinho de pelúcia azul de um personagem da Disney, parecia um monstrinho que acho que se chamava Stich.
Paguei e coloquei na mochila vendo como os outros estavam me esperando desde que o trem chegou.
Quando nos acomodamos em uma das cabines eu disse aos outros para me deixariam sozinho com Asteria que estava sentada em uma das camas da cabana olhando para os pés.
Eles entenderam e nos deixaram sozinhos, fechei a porta e Asteria olhou para mim antes de olhar novamente para seus pés.
Vê-la assim parte meu coração.
Sentei-me ao lado dela na cama. — Você está brava comigo?
Ela nega, mas continua olhando para baixo, então tiro o bichinho de pelúcia da mochila e coloco nas mãos dela.
— Regra quatro dos Jacksons, quando eles te dão um presente você não pode ficar bravo com aquela pessoa. — ela ri me fazendo também mostrar um sorriso. Ela olha para o bichinho de pelúcia antes de abraçá-lo contra o peito.
Ela apoia a cabeça no meu peito, deixando-me abraçá-la melhor até sentir seu rosto começar a ficar molhado de lágrimas.
— A mamãe disse que ela era boa, por que ela fez isso? — ela me diz enquanto eu tento tirar as lágrimas de seus olhos e dar beijos em seus cabelos tentando acalmá-la.
Minha pequena sereia, quero te colocar em uma bola de cristal e te proteger de tudo e de todos...
E é isso que tentarei fazer enquanto puder.
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